Se partirmos do conhecimento básico de que viver é um processo que inicia com o nascimento e termina com a morte, é seguro afirmar que em algum ponto da vida nossa capacidade física e mental vai declinar e precisaremos fazer alguns ajustes comportamentais e ambientais. Quanto a comportamento, dizem que a idade cronológica não é indicador de velhice, mas sim a nossa maneira de pensar e viver. Com exceção das limitações físicas que sempre nos lembrarão da idade cronológica, concordo que é o nosso comportamento que vai nos fazer sentir mais ou menos velhos. Como meu conhecimento é em projetos e sistemas de organização, vou deixar esse gancho do comportamento para profissionais da geropsicologia.
Brasil, assim como muitos outros países, está envelhecendo sem que suas cidades e instituições estejam preparadas para uma grande população de pessoas com limitações, principalmente físicas. Infelizmente, não são só os espaços públicos que não levam em consideração as necessidades da população idosa. Nós mesmos demoramos demais em pensar no nosso bem-estar e segurança em nosso próprio lar quando envelhecermos e nos depararmos com limitações de movimento, visão, audição, doenças crônicas entre outras questões inerentes ao processo que denominamos Vida. Que tal começar a pensar e a agir agora para viver bem e com independência todos os dias daqui em diante? Para isso precisamos primeiro pensar em vários fatores que nos levarão até os 100 anos ou mais sem precisarmos deixar nossos lares para viver dependendo de outras pessoas no nosso dia a dia. Aqui estão algumas dicas:
Primeiro ponto a considerar, visto que precisamos continuar ativos, manter uma dieta saudável e dormir bem para recuperar energia.
Atividades que exijam raciocínio, que ajudem a manter a elasticidade do nosso cérebro, como: aprender novas habilidades (falar outras línguas, tocar instrumentos, praticar jogos de mesa, montar quebra-cabeças). E não deixar de interagir socialmente, participar ativamente de atividades que aumentem a função cognitiva como a prática da escrita, da leitura e troca de ideias.
Não é passar muito tempo nas redes sociais, mas manter conexão ao vivo com a família, amigos, vizinhos para nunca sentir-se isolado.
Aprender a lidar com as mudanças que acontecem durante o envelhecimento é importante para envelhecer bem e é aí que entram os projetos de organização doméstica, cujo objetivo é adaptar seus espaços para que você possa continuar com suas atividades diárias sem ter que deixar a privacidade do seu lar por causa de limitações que podem ser administradas. Então, que tal em vez de sentir medo ou detestar esse processo inexorável que é o envelhecimento, se dedicar a elaborar um plano para viver bem nos próximos muitos anos que ainda tem pela frente? O Guia da Independência 60+ - Sua casa funcional, organizada e segura é a ferramenta que criei e que logo estará disponível em e-book para facilitar a organização de seus espaços e viver com independência durante muitos anos.